Trilogia Os Mercenários 2010/2012/2014
Resenha
Quando o primeiro filme foi lançado, em 2010, Stallone planejava justamente trazer aqueles heróis bombados dos anos 80 para quebrarem o pau juntos, a ideia parecia promissora, mas nem todos os convidados botaram fé no projeto, entre eles, Van-Damme, que viria a estrelar a sequência em 2012. No mais, nomes que passaram a brilhar nos anos 2000 como Jason Statham e Terry Crews, integraram o elenco formando um belo encontro de gerações dos filmes de ação.
O filme foi um sucesso, ver Dolph Lundgren, Bruce Willis e Schwarzenegger pela primeira vez juntos depois de tantos anos é um verdadeiro brinde, frases de efeito típicas das películas do gênero nos anos 80 estavam presentes e víamos as piadas feitas pelos personagens com menções sutis à carreira dos atores.
A direção e o roteiro de Stallone eram simples mas carregados de nostalgia e o nome de batismo daquele bando na língua nativa não foi por acaso: “Expendables”, que literalmente pode significar “Descartáveis” – um título sem muito apelo comercial em português. Sim, aqueles fortões que haviam chutado tantas bundas e que transbordavam baldes de suor e testosterona nas telas, foram aposentados e passaram a viver de pequenos trabalhos, tal qual os Mercenários, que topam os trabalhos que ninguém mais topa fazer.
Aí veio Os Mercenários 2…
A premissa era bastante simples: mais antigos astros da ação, mais tiroteio e pancadaria, mais frases de efeito e os produtores teriam outro sucesso nas mãos, certo?
Não foi bem o que aconteceu, embora Van-Damme e Chuck Norris (CHUCK NORRIS!!!), tenham se juntado à quebradeira, o filme parecia melhor no trailer do que na sala de cinema. A sequência não tinha mais o ponto dramático de seu antecessor e a motivação dos heróis era a busca por vingança do mais jovem companheiro, interpretado por Liam Hemsworth, que iria se casar e provavelmente se tornar o que aqueles velhos matadores nunca se tornariam, mas o garoto foi assassinado pelo chefão do mal da fita, interpretado por Van-Damme. E aí, no desenrolar da história, os caras descobrem que o chefão final quer detonar uma bomba do mal que vai dizimar um vilarejo cheio de pessoas inocentes.
Oras, algumas coisas não se encaixam: se eles eram matadores profissionais que só topavam trabalhos sujos por dinheiro, porque diabos esses sanguinários se meteriam numa treta sem receber um tostão? Alívio de consciência por uma vida banhada em sangue? Hmmm, foi mal, mas não colou.
No mais, o filme é divertido, sim. Sobram piadas com menção aos intérpretes, inclusive aquelas piadas conhecidas como Chuck Norris facts, e rola também a troca dos bordões “yippee ki yay” e “I’ll be back” entre Schwarzenegger e Bruce Willis. Entretanto, teria sido ainda mais divertido vê-los todo caindo em cima de Van-Damme numa luta final contra o chefão final.
Eis que, finalmente, os valentões retornaram em 2014.
Se o antecessor derrapou na curva, aqui, os velhos brigões recuperaram o fôlego. Bem, nem tanto, se passaram quatro anos desde o primeiro filme e os matadores já não estão na melhor forma. Após o resgate de Doc (Wesley Snipes), os Mercenários partem em missão para eliminar um poderoso traficante de armas, que acabam descobrindo ser outro antigo membro do bando, Stonebanks (Mel Gibson). Quando a missão dá errado e Caesar (Terry Crews) é gravemente ferido, Barney Ross (Stallone) decide dispensar seus companheiros para que não sejam enterrados sozinhos sem ninguém para carregar seus caixões, já que seu bando é sua família.
Em seu avião, Barney carrega as tags (aquelas plaquinhas dos soldados do exército) de seus companheiros caídos, e aquele ruído metálico provocado pelo chacoalhar delas sempre o faz lembrar de seus irmãos de guerra e a culpa pelo fim de suas vidas o atormenta.
Aqui, a trama se aproxima muito mais do primeiro filme em questão de drama, já que o protagonista se dá conta de que, embora ainda seja durão, ele e seus colegas já não são mais tão eficazes como antes, o que o leva a contratar uma equipe de jovens, a qual ele decide não se apegar, resgatando o sentido do termo “Expendable”.
Além de Wesley Snipes, que ainda bate muito e não abriu mão do lado cômico, o elenco renovado traz ainda Antonio Banderas como Galgo, que embora seja lembrado mais por ser um grande galã do que um astro de ação, estrela as cenas mais engraçadas da película, dando um ótimo tom de humor e mantendo o bom ritmo do filme. Outra grata surpresa é Harrison Ford, um burocrata da CIA que (SPOILER ALERT) junta-se aos caras no final como um habilidoso piloto de helicóptero – outra referência aqui.
Por enquanto é só, junkies. Mercenários 3 diverte mais uma vez os saudosistas dos filmes dos anos 80 com um roteiro simples, um ritmo frenético, acrobacias que desafiam as leis da Física.
Fichas técnicas
Os Mercenários
Lançamento 13 de agosto de 2010
Duração: 105 min.
Dirigido por Sylvester Stallone
Com Sylvester Stallone, Jason Statham, Jet Li
Gênero Ação
Nacionalidade EUA
Nota; 4,5.
Os Mercenários 2
Lançamento 31 de agosto de 2012
Duração: 102 min.
Dirigido por Simon West
Com Sylvester Stallone, Jason Statham, Jet Li
Gênero Ação
Nacionalidade EUA
Nota; 3,0.
Os Mercenários 3
Lançamento 21 de agosto de 2014
Duração: 102 min.
Dirigido por Simon West
Com Sylvester Stallone, Jason Statham, Arnold Schwarzenegger
Gênero Ação
Nacionalidade EUA, França
Nota; 4,0.
Fonte: Adoro Cinema, Wikipedia, Junkbox.